PLANETA DO FUTEBOL - Um artigo de opinião de Luís Freitas Lobo.
Corpo do artigo
1 A chegada da Taça com os grandes suscita as memórias mais profundas de outros tempos de futebol. Encontros entre mundos (divisões) tão distantes que, antigamente, até metiam os grandes craques nos pelados de pequenos campos quase “caixinhas de fósforos” com a bola entre a poeira.
Esses terrenos desapareceram mas estas primeiras eliminatórias continuam mágicas mesmo que esses clubes tenham quase sempre de ir para outros locais que garantam maior receita e transmissão televisiva. Tenho pena, pelos tais bons velhos tempos, que Vilar de Perdizes, a aldeia que nos recebe com a frase” não acreditam em bruxas mas que as há... há!”, não mostre mesmo na sua terra que, além do sábio Padre Fontes, tem futebolistas mesmo de verdade (gostei de ouvir o Sérgio Conceição falar deles e de como o Paulo Costa era perigoso) e, por isso, chegou ao Campeonato de Portugal mesmo sem ter campo para os jogos em casa.
2 Acho que quase todos os anos falo nisto pelo que já deve ser terapia futebolística. Para mim, o símbolo da Taça é o Cabeça Gorda que nos anos 80 eliminou equipas de primeira no seu campo pelado que tinha uma enorme Chaparro na margem do campo, mesmo a meio, onde a “bancada” era, claro, toda a gente de pé em torno da árvore patriarcal, a ver o jogo.