A Eslovénia já conseguiu encravar o sistema de três centrais português e não foi assim há tanto tempo como isso. Que tenha servido de lição, é o que se espera
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Consta que fazer a mesma coisa uma e outra vez esperando resultados diferentes é uma das definições de insanidade. Roberto Martínez já experimentou vezes suficientes o sistema de três centrais, sempre com os mesmos resultados não obstante a mudança dos respetivos intérpretes, para saber que aquele não é o caminho mais curto para Portugal ser tudo o que o potencial do plantel promete.
Aliás, uma dessas experiências, relativamente recente, aconteceu precisamente frente à Eslovénia, num particular em março, que por sinal terminou com a primeira derrota do técnico espanhol enquanto selecionador nacional. Já na altura, foi uma surpresa o regresso a uma linha de três no eixo e, já na altura, a equipa acusou exatamente os mesmos sintomas que se viram frente à Geórgia: dificuldade de criação frente a um bloco baixo, problemas na reação à perda de bola e permeabilidade defensiva a ataques rápidos. Nem de propósito, também nesse jogo António Silva se sentiu desconfortável, tendo entrado ao intervalo para estar na primeira grande oportunidade da Eslovénia e, pouco depois, ficar ligado ao primeiro golo do encontro que Portugal perdeu por 2-0, ao falhar a abordagem numa tentativa de desarme.