Que o Benfica deixe a pele em campo e que o árbitro seja justo e imparcial
A JOGAR FORA - Opinião de Jaime Cancella de Abreu
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1 - Penso que Schmidt conduziu a preparação para uma temporada que se prolongará por dez longos meses e inclui vários objetivos importantes, não especificamente para a Supertaça, que se esgota na noite de quarta-feira e é, de entre todos, o objetivo menor da temporada.
Kökcü deu a receita: "Vamos estar mais agressivos e enérgicos." É o que todos esperamos: uma equipa que corra tanto como o adversário, que coloque pelo menos a mesma intensidade e empenho na disputa de cada lance, que deixe a pele em campo. E que o árbitro seja justo e imparcial, coisa que muitas vezes - vezes demais! - não tem acontecido nos clássicos com o FC Porto.
Todavia, o Benfica vai ter que entrar para ganhar - e, no final do jogo com o Feyenoord, Kökcü deu a receita: "Vamos estar mais agressivos e enérgicos." É o que todos esperamos: uma equipa que corra tanto como o adversário, que coloque pelo menos a mesma intensidade e empenho na disputa de cada lance, que deixe a pele em campo. E que o árbitro seja justo e imparcial, coisa que muitas vezes - vezes demais! - não tem acontecido nos clássicos com o FC Porto.
2 - "No futebol há nove posições e duas profissões: goleiro e centro avante", sentenciou o ex-atacante brasileiro Dadá Maravilha. Ora, sendo ele bem capaz de estar com a razão, muito me preocupa ver sair do Benfica alguém que foi o melhor marcador (sem penáltis), que tem margem de progressão e que só não é titular da Seleção porque quem manda nela é o seu todo poderoso capitão.
3 - Vamos ver se a parceria da Liga com o Continente impede que alguns clubes fechem bancadas para que os adeptos do Benfica não os tornem minoritários na sua própria casa; se faz com que os benfiquistas possam usar adereços do seu clube quando vão apoiar a equipa fora de casa; se evita que coloquem o preço dos bilhetes significativamente mais elevados quando o visitante é o Benfica. Muitas outras coisas são de corrigir, porém, se tudo isto for conseguido, cá estarei para aplaudir a iniciativa.
4 - Considero normal - e até salutar - a não existência de qualquer polémica pelo facto do ministro Manuel Pizarro ser o primeiro subscritor do pedido para que o presidente do FC Porto se recandidate. Já não achei de todo normal a polémica despoletada à volta da perigosa "promiscuidade entre a política e o futebol" que conduziu António Costa e Fernando Medina ao abandono da comissão de honra da recandidatura do então presidente do Benfica. É a clássica dualidade de critérios que dá à costa sempre que o maior de Portugal faz parte da equação.
5 - Aí está a infeliz eliminação do Vitória de Guimarães a dar mais uma machadada na luta pela recuperação da nossa posição cimeira no ranking da UEFA. Os senhores da Liga que continuem a endeusar a centralização de direitos e não abram rapidamente a pestana...
6 - E a quantidade de "navegadores" que se apressou a surfar a onda da honrosa prestação da seleção feminina no Mundial? Pedro Proença, então, passou a perna a todos: fez até publicar um artigo de publicidade, mal disfarçada de opinião, nos três diários desportivos!