Se deixar a Juventus, Cristiano Ronaldo encontrará outro desafio à medida, mas a Itália voltará a ficar órfã.
Se for verdade que a Juventus está mesmo na disposição de vender Cristiano Ronaldo para compor as contas com o produto da venda - uns 50 a 60 milhões de euros com apenas mais um ano de contrato - e a poupança de 30 milhões de euros nos salários que se obriga a pagar-lhe caso cumpra o último ano de vínculo, é sinal de que o mundo do futebol está mesmo ao contrário.
13051527
Primeiro por ser um sinal de desistência, um arremessar de toalha ao chão, na linguagem dos lutadores, depois a assunção de culpa por não ter sido capaz de rodeá-lo de uma equipa para chegar à meta. Pode ainda juntar-se-lhe, tendo a Juve como presidente o líder da ECA (Associação Europeia de Clubes), a quase renúncia à reabilitação da Serie A, antes a mais desejada das ligas e agora, depois de ter perdido espaço e importância para Inglaterra, Espanha e Alemanha, a reganhar interesse e a conseguir atrair jogadores de qualidade com o efeito Ronaldo. Fica ameaçada por mais uns longos anos de solidão.
Quanto ao jogador, as coisas são diferentes. Pronto! Estamos a falar de Cristiano Ronaldo, não se lhe aplica um raciocínio linear onde cabem os mortais. Continua a valer uma fortuna mesmo aos 35 anos e não lhe faltam pretendentes com a certeza de precisarem dele para vencerem a Champions, como aconteceu com a Juventus ao contratá-lo.
O velho CR7 tem aos pés Manchester United e Paris Saint-Germain, um para reabilitar outro para atingir a glória que os petrodólares não têm conseguido pagar. Onde for cair, o candidato ao Caneco será muito forte. Se escolher Paris pode estar tranquilo, porque Tuchel não terá a tentação de pô-lo a defesa-central, fazendo dupla com Danilo.
