FORA DA CAIXA - A opinião de Joel Neto.
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Uma regra básica: cuidado com os métodos
Leio sobre o processo-crime de que é arguido Rogério Bravo, inspetor-chefe da Polícia Judiciária arrolado como testemunha no julgamento do chamado caso Rui Pinto, e gelo.
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Os portugueses estão cansados de que não se faça justiça devido a erros processuais cometidos pelas polícias ou próprio Ministério Público. Às tantas, um arguido de (como se diz) alto-perfil já tem mais vantagens em procurar o erro processual na acusação do que, propriamente, em provar a sua inocência. Que esta infeliz certidão não seja indício de nova fragilidade de tal natureza - é tudo quando um cidadão pode esperar. Quanto a frustrações com o estado de direito, por esta Primavera, já estamos servidos.
Kudela e não só: para além do racismo
Aplaudo Clarence Seedorf quando diz que é preciso reforçar o ensino da educação física, não só porque esta "é a base do desenvolvimento motor", mas "ensina a inclusão, a igualdade e o trabalho de equipa." O alerta é particularmente importante para países como o nosso, onde a educação física continua, bastas vezes, a ser ministrada como um excedente.
Mas, entretanto, as instituições, e nomeadamente as do futebol, não podem abrandar nas medidas de contingência. O racismo tem sido combatido com vigor, como ainda ontem se viu com a exclusão do checo Kudela do Euro 2020. O mesmo, porém, não se pode dizer do chauvinismo. E a homofobia continua totalmente - totalmente - isenta de combate.
