Guardiola desdobrou-se em elogios a Amorim, ainda antes de Inglaterra. Rúben é o “puto amo” das salas de Imprensa em Portugal mas o espanhol é um mestre da ilusão dentro e fora das quatro linhas.
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No debate sobre o que prova estarmos perante um bom treinador (por oposição aos méritos dos jogadores), os troféus conquistados são, obviamente, o primeiro visto que se coloca na quadrícula da folha de análise. Guardiola, com 40 conquistas ao mais alto nível, é um paradigma - talvez até um ícone -, como Ancelotti, Mourinho ou Ferguson, apenas para citar exemplos que andam sempre na ponta da língua. E, claro, Rúben Amorim. Não por ter assinado pelo Manchester United e ter visto exportado pela Europa e pelo Mundo o estatuto especial de que já desfrutava por cá desde que devolveu o título ao Sporting ao cabo de 19 anos de jejum, entre outras taças, e ganhou um segundo campeonato em quatro anos, além de ter-se estabelecido como “el puto amo” das salas de Imprensa, para citar... Guardiola.
Sim, os dois andam de mãos dadas nesta história porque se defrontam esta noite em Alvalade, na despedida do treinador que fez daquele estádio um local onde os sportinguistas acorriam sabendo que voltariam a ser felizes, mas também pelo reconhecimento do técnico espanhol ao homólogo português que será o seu querido inimigo na rivalidade United-City. “Uma equipa que conquista campeonatos não ganha adaptando-se ao rival”, disse ontem Guardiola, acrescentando não haver melhor para um treinador do que uma equipa convencida do que ele quer que faça. Lê-se Sporting de Amorim em ambas as afirmações, o que diz muito sobre a valia de quem está no banco. Como diz a duplicação da eficácia remate/golo promovida por Vítor Bruno neste FC Porto.