No ano passado lutavam por ser iguais, este ano pode haver interesse em marcar bem as diferenças...
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Esta noite há um curioso jogo de bancos no Dragão. Nos últimos três anos, os percursos de Paulo Fonseca e Marco Silva têm surgido entrelaçados: andaram de mãos dadas na II Liga a lutar pela subida, com vantagem clara de Marco Silva; sobressaíram numa inesperada luta europeia na época passada, com a vantagem a inclinar-se para a Champions de Fonseca, e, empanturrados de elogios, seguiram depois caminhos diferentes. Um ficou onde estava, o outro voou. Chegados aqui, sobra-nos uma pergunta muito simples: dos dois, quem está agora em vantagem?
Marco Silva é uma resposta tão tentadora quanto óbvia e justa. Afinal de contas, o Estoril continua firme como o aço, a fortalecer o currículo do seu treinador, em contraste com a trajetória irregular do FC Porto que foi esfumando parte substancial do encanto de Fonseca, o que há um ano pareceria improvável. A resposta final à pergunta só poderá ser dada quando a comparação entre ambos for feita no mesmo patamar de exigência. De momento, e apesar das aparências, é tão acertado achar que o crédito de Marco Silva saiu reforçado com este arranque pouco convincente de Paulo Fonseca no Dragão como sugerir que o êxito deste último no FC Porto seria muito mais benéfico para o passo seguinte na carreira do ainda treinador do Estoril. Se correr mal a Fonseca, pode sempre haver quem tema imitar nova aposta arriscada. Também é por isso, além da irresistível comparação dos percursos de ambos, que o jogo de hoje vale. No ano passado lutavam por assinalar semelhanças, este ano pode haver interesse em marcar bem as diferenças...