Quanto pesará a ausência do sueco é a pergunta do milhão de dólares e que só no relvado encontrará resposta. Porque na véspera aquilo a que se assistiu foi o habitual jogo do “passa responsabilidades”.
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As gerações mais jovens, que não viveram os tempos em que Portugal tinha apenas um canal de televisão e, depois, um segundo (ainda que, de início, durante poucas horas por dia), perderam também anúncios icónicos como o de uma pasta de dentes que tinha como slogan “Anda na boca de toda a gente”. A junção feliz dos conceitos de popularidade e eficácia – era falada e usada por todos – é a mesma ideia que hoje andará na mente de toda a gente: Gyokeres, quer porque não está, mas não faz falta, quer porque não está e ainda bem, consoante o lado da barricada de onde se olhe para o jogo da Supertaça.
Conseguirá Rui Borges colmatar a ausência do predador sueco com o jovem Harder ou o recém-chegado Luis Suárez? Ou Trincão e Pote (ou Catamo) voltarão a ser decisivos como quando o agora jogador do Arsenal abria espaços para as segundas linhas? A máquina leonina continuará oleada e não se notará a mudança de uma peça ou, pelo contrário, saiu a trave-mestra que segurava o edifício? Será o Benfica capaz de suster o eterno rival agora que não tem o viking que, qual escritura sagrada, mais tarde ou mais cedo desequilibrava os pratos da balança? Estas e outras questões começarão esta noite a ser respondidas, depois de ontem, nas intervenções dos treinadores, se ter assistido ao habitual jogo do empurra – a vantagem, afinal, está sempre do lado contrário, seja porque não tiveram uma paragem tão longa e não perderam forma, seja porque a paragem foi curta e não houve tempo para descansar e treinar!