Conferências de Imprensa à portuguesa; da rábula do pré-dérbi a algo um bocadinho mais sério...
Corpo do artigo
E pronto, agora só temos de escolher a melhor piada: Rui Vitória desculpou-se pelo atraso na conferência e ofereceu-se para pagar um jantar, em jeito de multa; Jesus contra-atacou ao sublinhar uma pontualidade de fazer inveja a qualquer inglês. Humor com humor se paga, porque, nisto dos dérbis, todos os detalhes contam - para quem não sabe e só apanhou este folclore de raspão, o Benfica tinha conferência anunciada de véspera para as 19h, o Sporting informou apenas ontem que faria a sua às 19h30. Rábulas de comunicação, algures entre a provocaçãozinha e o número de revista à portuguesa típica de um Parque Mayer. Mas, engraçado mesmo é que a Taça não permite que os dois treinadores fiquem a rir em simultâneo no final.
Valha-nos isto como entretenimento, porque, no que toca a conteúdo, acrescentando a este barulhinho bom outras conferências de Imprensa que por cá se fazem, só nos pode valer... um deus qualquer. São vazias, vazias. Aliás, como estamos numa onda de boa disposição, é permitido confessar, até, que se sai de algumas anestesiado e pronto para uma cirurgia.
Por norma, em Portugal, treinadores e jogadores só sentem necessidade de reflexões detalhadas quando se lhes aparece à frente um microfone internacional. Ainda ontem, por exemplo, e apenas um dia depois de ter analisado sem travões de língua quase todo o plantel portista em entrevista à agência espanhola Efe, Lopetegui achou não ser o momento oportuno para responder a uma simples pergunta sobre a espantosa explosão de André André. Legítimo? Com certeza. Coerente? Nem por isso...