PLANETA DO FUTEBOL - Uma análise de Luís Freitas Lobo
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No cenário da Taça, reaparece um dos melhores goleadores da II Liga das últimas épocas: Clóvis. Não entendo, aos 27 anos, porque ainda não deu o salto para nível superior. Marcou os dois golos (apanhando uma bola perdida na área ou, como gosta, num remate na passada após desmarcar-se na profundidade) e fez o Ac. Viseu eliminar a equipa-sensação da I Liga, o Gil Vicente do bom futebol de Peixoto que, a partir de estar a perder, caiu na ansiedade excessiva com bola (após ter entrado sem Koné ou Pablo, além da ausência do médio-centro Caseres). O onze ressentiu-se muito tempo da falta dessas pedras do seu onze-base.
Este Ac. Viseu (orientado aqui por Sérgio Fonseca que tem feito ótimo trabalho nos sub-23) é uma equipa que todas as épocas sente-se poder dar mais e cai, quase enigmaticamente, na parte final do campeonato. Tem tido sempre equipas para subir, como é esta que penso pode jogar melhor a partir duma "linha de 4" (em vez dos três centrais anteriores) e articular melhor a relação entre setores onde gosto muito de ver Mortimer, que tanto pode jogar no meio como descaído na direita e, sobretudo, Zamora, o extremo estrela da Costa Rica (veio do Aris). Destro, joga bem em qualquer faixa a causar desequilíbrios, com técnica e velocidade a entrar nos espaços.
