VELUDO AZUL - Uma opinião de Miguel Guedes
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A sede de vingança é um absurdo no desporto e, apesar do futebol desenterrar muitos machados de guerra, parecia excessivo encarar o jogo de Alvalade como uma oportunidade para dar troco por uma das mais épicas remontadas da história do futebol português. Mesmo que os dois últimos encontros entre “dragões” e “leões” se tenham saldado por dois troféus para o museu azul e branco, nenhum jogo se baseia e muito menos se decide pelo passado recente indicar apetite. Seja como for, esperava-se um Sporting a entrar no jogo para mandar e dizer mais sobre o futuro do que sobre o passado. Se a primeira parte mostrou parte aquilo que o FC Porto pode fazer, os segundos 45 minutos disseram muito sobre o que o Sporting tem feito: em caso de dúvida, Gyokeres. Este é o ponto G dos leões que se tem sabido multiplicar sem um verdadeiro antídoto por parte dos adversários. Em boa parte porque é da natureza humana. Como Hulk, há jogadores regularmente imbatíveis.
Já em Moreira de Cónegos, a quarta jornada relembrou episódios que até agora tinham andado arredados da vista nas três primeiras rondas desta temporada. Se é admissível que o árbitro de campo não tenha percecionado como Leandro Barreiro arrastou o pé para bater no seu adversário, é menos admissível que não tenha visto um braço deslocado do corpo que imediatamente antecedeu o suposto derrube. Mas ultrapassa qualquer entendimento que Vasco Santos (VAR) não tenha visto comodamente na cidade do futebol o que todos vimos na primeira repetição em casa e alertado o árbitro para o braço na bola de Marcos Leonardo.