Os exemplos negativos reiteradamente observados, elucidam, bem, a gritante ineptidão vigente no seio de muitos árbitros
APITADELAS - Opinião de Jorge Coroado
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Não há jornada sem que os mais interessados - árbitros - na credibilidade do VAR, sejam os principais coveiros do sistema, fomentando a desconfiança dos diversos agentes, subvertendo valores subjacentes à utilização da ferramenta, sobretudo por manifesta quanto evidente ausência de competência em muitos daqueles que atuam em gabinete.
Os exemplos negativos reiteradamente observados, elucidam, bem, a gritante ineptidão vigente no seio de muitos árbitros, nomeadamente daqueles que, após terem sido despromovidos de categoria por falta da capacidade para arbitrarem, foram cooptados para VAR.
Na ronda do passado fim de semana, o jogo Vizela vs Braga, demonstrou, cabalmente, o porquê do Sr. Rui Oliveira, ali VAR, ter sido desqualificado do quadro da primeira categoria (jamais deveria lá ter chegado), não merecendo, sequer, o epíteto de ex-árbitro. Aos 57´, Osmajic (VFC), incorreu em nítido fora-de-jogo (seguramente dois metros) que, de acordo com o uso atual, só chegado à área e após um colega sofrer falta para penálti, o árbitro-assistente assinalou. O ineficiente VAR, com o desazo que sempre deu mostras, logrou a proeza de induzir o árbitro Artur S. Dias - segundo as más-línguas, avesso a deslocar-se ao monitor - a manter o jogo interrompido seis minutos para decidir sobre o posicionamento irregular do vizelense quando qualquer espetador o faria em segundos, sem necessidade de rever imagens. Se um VAR não possui destreza visual para aferir um fora-de-jogo como o de Osmajic, que acuidade terá para analisar lances menos evidentes? O mal não é deles, está em quem gere o setor. Como o povo diz: "Azeite de cima, mel do meio e vinho do fundo, não enganam o mundo".
ANDF
Chegou recentemente ao espetro associativo a ANDF -Associação Nacional dos Delegados de Futebol, cujo objetivo próximo será ser admitida à Assembleia da FPF. Os estatutos (art.º 3.º) revelam finalidade ambiciosa. Veja-se: 1): "... contribuir para uma adequada integração e afirmação profissional dos delegados de futebol ...". Afirmação profissional? Como assim? LPFP e FPF estarão disponíveis para profissionalizarem os delegados? Também tinham hipótese de mostrarem arejamento intelectual porém, diferenciando futebol em masculino e feminino, primaram pelo conservadorismo bacoco.
Ambições
As ambições definem caráter de pessoas e entidades. Atente-se o nr. 2, do Art.º 3.º daqueles estatutos: "Enquadram-se ainda no objeto da ANDF todos os demais agentes desportivos, ainda que com designação diversa, que atuem no âmbito das competições desportivas, profissionais ou amadoras ...". Quererão adentrar espaço da APAF, SNJPF ou ANTF? Outrossim é o vertido no Art.º 4.º al. f): "Prestar assessoria jurídica ...". O quê? Saberão o que assessoria jurídica representa? Que é uma atividade privativa de advogados e escritório de advocacia? Quando o sapo quis chegar a touro...