A proximidade das eleições do Benfica e o que se passar até ao dia de votar, definirá o ambiente no qual a equipa terá de jogar. O empate antecipará a entrada de Rui Costa na corrida das declarações
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1 - Há um par de meses, a exibição do FC Porto, que lhe valeu uma justíssima vitória frente ao Nacional, teria sido recebida com menos entusiasmo do que foi encarada no momento do apito final. O tempo, um novo treinador e uma verdadeira revolução no plantel convenceram todos de que nem sempre será possível ganhar e jogar bem. Ainda recentemente, o FC Porto jogava pouco, nem sempre ganhava e nunca convencia. Hoje em dia, a questão é outra: não é possível ser ainda mais dominador?
2 - A grande dúvida em torno do Benfica 2025/26 viu finalmente a luz do dia. Bastou um resultado negativo para a equipa entrar de cabeça no caldeirão das eleições de outubro. A um mês de o clube ir a votos, o “ruído” vai aumentar, até porque o mais certo é que Rui Costa seja finalmente “obrigado” - ou aconselhado - a entrar no carrossel das declarações quase diárias. Até ao empate, o presidente poderia alegar que na maioria do tempo estava a ser… presidente. Antes, a cada entrevista dos cinco candidatos, poderia responder “Sudakov”, “Dedic” ou “Ivanovic“. De que forma jogadores e equipa técnica serão capazes de fazer “ouvidos de mercador” é a outra dúvida.
3 - Sobre a Vuelta, talvez o mais importante seja ler com atenção o que disse ontem Jonas Vingegaard: “Todos têm o direito de protestar, mas não de uma forma que influencie ou torne perigosa a nossa corrida”. Não terá sido ontem que a causa de Gaza ganhou mais apoiantes, até porque dificilmente os que protestaram poderiam exigir ao pequeno dinamarquês que resolvesse o que centenas de políticos não resolveram desde a década de 1940. Certo?