O que admira é Miguel Nogueira e Bruno Esteves terem visto o mesmo que os adeptos do Benfica
Após o clássico, os adeptos dos dois clubes viam coisas diferentes, mas admira Miguel Nogueira e Bruno Esteves terem visto o mesmo que os do Benfica
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Os clássicos da literatura, diz Italo Calvino, nunca cessam de dizer o que têm a dizer e os clássicos do futebol não são muito diferentes. Já lá vai uma semana e o FC Porto-Benfica ainda fala e dá que falar.
Foi esse um jogo em que sobrou medo e faltou audácia, de ambas as partes. Uns tiveram medo de ficar a sete pontos, outros tiveram medo de ficar só com um ponto de vantagem. O Benfica foi a equipa que menos vezes rematou nos oito jogos dos dragões: quatro vezes e só uma vez à baliza, num livre inofensivo de Sudakov. O Nacional rematou seis vezes e o Sporting vinte. A ideia foi, pois, lutar pelo pontinho. Sobreviver foi a grande vitória. E lá tivemos de ver o grande Benfica a festejar uma derrota honrosa com o Chelsea e um empate glorioso com o FC Porto, dois jogos em que não marcaram um golo, nem perto disso estiveram.