FC Porto ganhou e manteve em aberto a chance de juntar a Taça da Liga à Supertaça, no dia em que se percebeu o desafio que terá AVB para erguer o pilar da sustentabilidade financeira.
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O triunfo de ontem do FC Porto sobre o Moreirense completou o quadro da final four da Taça da Liga, agendando um encontro dos dragões com o Sporting num longínquo início de janeiro que, dentro da futurologia que é possível fazer, tem tudo para ser diferente do tempo presente. Não só porque na liderança técnica dos leões já não estará Rúben Amorim, mas também pelas implicações da reabertura do mercado de transferências nesse primeiro mês do ano e dos muitos rumores que despertará - Gyokeres vem de imediato à lembrança quando se pensa na cobiça a estrelas da Liga portuguesa (do próprio Manchester United?), mas também Samu, caso o portista continue de pé quente.
O apuramento dos dragões para as meias-finais da mal-amada competição (ora é criticada por ter jogos a mais e complicar o calendário, ora por facilitar a vida aos “grandes”…) teve, contudo, um outro lado muito significativo para lá de manter em aberto a hipótese de juntarem a sua conquista à da Supertaça: simboliza o sucesso desportivo que André Villas-Boas apregoa como um dos pilares deste “novo” FC Porto, no dia em que se percebeu que o outro, o da sustentabilidade financeira, ainda não saiu das fundações - após meio ano de completo desvario no adeus da administração anterior, com as contas a tombarem dos 35 M€ positivos em janeiro até 21 M€ negativos no final da época, ou seja, um prejuízo de 56 M€ em seis meses!