Numa fase atribulada da Humanidade, sobram exemplos a não seguir e tragédias difíceis de explicar. Valha-nos, no desporto, as alegrias do hóquei ao basquete, da canoagem ao futebol e, claro, do enorme João Almeida.
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À guerra na Ucrânia juntam-se imagens perturbadoras da Faixa de Gaza, conflitos sem fim à vista que acabam por alastrar a revolta a toda a sociedade em geral e ao desporto em particular. Numa semana em que nem a casa do benfiquista Sudakov foi poupada a um míssil russo, como se fosse um alvo estratégico ou militar, os ciclistas que participam na Volta a Espanha depararam-se com manifestações de apoio à Palestina e contra Israel, algumas causadoras de quedas dos protagonistas. Ninguém terá a intenção de magoar os atletas, mas o ambiente tenso convida a excessos que causam estragos, nunca comparáveis com a onda de destruição que, diariamente, entra pelos nossos olhos, ou então com o inacreditável desastre do Elevador da Glória.
O conceito de gravidade relativiza-se nestes momentos. Assinalar ou não um penálti, contratar ou vender mal um jogador, despedir um treinador ou até poder falhar um jogo por causa de uma ligação aérea são pequenas poeiras neste universo de incompreensão que nos torna todos os dias mais vulneráveis. Valha-nos, nesta nossa área de ação, as alegrias que vão sendo dadas pelos desportistas portugueses, dos campeões do hóquei aos gigantes do basquetebol, sem esquecer os brilhantes canoístas, os futebolistas portugueses de elite ou o enorme João Almeida, que faz e pode fazer ainda mais história na Vuelta.
Quanto ao resto, é respirar fundo e não parar de lutar e sonhar. De promessas – como as de Trump acabar com a guerra – está o mundo cheio, quem as cumpre é que se torna cada vez mais difícil de encontrar. O Mundo está mesmo a girar ao contrário.