JOGO FINAL - Uma opinião de Nuno Vieira
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O Sporting abriu o novo campeonato da mesma forma que fechou o velho, ou seja, a mandar em campo e no resultado.
Construiu a vitória no jogo que inaugurou a Liga 2025/26 muito graças à competência que apresentou na primeira parte, período durante o qual entusiasmou a plateia até se perceber que o golo iria aparecer a qualquer momento e abrir caminho para a esperada conquista dos três pontos. Foi, sem dúvida, uma resposta positiva à derrota na Supertaça Cândido de Oliveira frente ao rival Benfica, mas talvez ainda mais importante do que começar o campeonato a vencer foi a forma como a equipa reagiu à saída do seu principal jogador.
Um arranque de leão é suficiente para deixar os adeptos em euforia, mas calma, foi só uma vitória sobre o Casa Pia. O mais importante talvez nem tenha sido o resultado, mas a prova de força sem o goleador sueco.
A venda de Gyokeres ao Arsenal levanta sérias e naturais questões sobre o rendimento global da equipa, dada a inegável influência do sueco nas duas últimas temporadas, mas os jogadores que estiveram em campo, quase todos a transitar da última temporada, foram suficientemente categóricos para sossegar os adeptos. Até Luis Suárez, sobre quem recai o peso da herança dos golos, deu conta do recado e convenceu na estreia na Liga portuguesa, demonstrando ser um jogador diferente do bombardeiro que encantou Alvalade com os seus movimentos explosivos e remates certeiros, mas igualmente com fome de vencer e de mostrar serviço.
Com três ou quatro defesas, diz Rui Borges que o mais importante é sempre a dinâmica. Pois bem, pela amostra as ideias estão bem assimiladas pelo grupo e o Sporting deu uma prova de força nesta vitória, deixando alguns adeptos a sonhar já com o tri. Daqui a nove meses fazem-se as contas.