O futuro é incerto

Rúben Amorim tratou de pôr alguma água na fervura que o próprio levantou com a viagem a Londres na semana passada. Ontem, lembrou que é treinador do Sporting e sublinhou que isso vai continuar. Não disse durante quanto tempo e é verdade que também não evitou um sorriso que pode significar tudo o que a imaginação dos adeptos quiser, mas pelo menos não alimentou mais especulações que podiam desfocar a equipa do objetivo de carimbar o título o mais cedo possível. De resto, o treinador do Sporting está longe de ser o único cujo futuro é uma incógnita. Roger Schmidt, já se sabe, continua com o processo de divórcio litigioso com os adeptos do Benfica que pode levar a uma separação definitiva mais adiante.

Sérgio Conceição compara a conversa que vai ter com André Villas-Boas ao Tratado de Zamora que, como todos sabemos desde a escola primária, resultou na independência do reino de Portugal em relação a Leão e Castela. Estará Conceição a indicar que se quer desligar do vínculo atual ou apenas a ironizar com a importância dada à conversa com o presidente eleito? Certo é que dessa conversa há de depender a continuidade do técnico no banco do FC Porto. Entretanto, e já depois de Artur Jorge ter deixado o Braga antes do final da temporada para assumir o Botafogo, antecipando o anúncio de Daniel Sousa como treinador dos guerreiros na próxima época, é agora a vez de Álvaro Pacheco estar com um pé de fora do Vitória de Guimarães. Depois de uma época em que os vimaranenses começaram com Moreno, passaram mal com Paulo Turra e finalmente acertaram o passo com o atual treinador, o mais normal seria que evitassem começar tudo de novo em 2024/25. Um jantar do técnico com responsáveis do Cuiabá caiu mal ao presidente e a coisa parece não se compor com antiácidos. De tal forma que, agora mesmo, é provável que a próxima época comece com cinco treinadores novos nos cinco primeiros classificados. Por outro lado, quem resistir à tentação da mudança pode partir em vantagem…