A verdade é que o alemão só continua na Luz esta época porque Rui Costa apostou todas as fichas nele contra a vontade dos sócios
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Perguntaram ontem a Roger Schmidt, e era inevitável que lhe perguntassem, se esta era a época em que se sentia mais pressionado para vencer. O alemão respondeu que, provavelmente, na próxima época vão colocar-lhe a mesma pergunta, o que não deixa de ser um considerável sinal de otimismo. Afinal, para lhe colocarem a mesma questão daqui a um ano é preciso que Schmidt continue na Luz e, para sermos claros, isso só acontecerá se o Benfica for, pelo menos, campeão. Aliás, a verdade é que o alemão só continua na Luz esta época porque Rui Costa resolveu apostar todas as fichas nele, seja porque acredita realmente na sua capacidade para devolver o Benfica ao topo do futebol português, seja porque despedi-lo sairia demasiado caro, limitando à partida a capacidade de investimento na equipa.
Fê-lo contra a vontade de uma considerável fatia dos adeptos encarnados, para quem a margem de tolerância em relação ao treinador se esgotou, não apenas em virtude dos desaires que marcaram a última temporada, mas sobretudo pela intermitência exibicional para a qual o técnico nunca pareceu ter uma solução. E fê-lo ainda colocando-se a si próprio nas mãos do treinador, porque do sucesso do alemão dependerá em larga medida a sua própria reeleição como presidente quando os benfiquistas forem chamados a votar para os órgãos sociais do clube lá mais para o final do ano.