Um artigo de opinião de Carlos Flórido
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Para muitos atletas, treinadores e adeptos mais acérrimos de modalidades que não o futebol, começaram as semanas dos resmungos. Porque ninguém lhes liga, porque é um exagero noticioso, porque não existe mais nada no mundo além do pontapé na bola. Não têm razão nenhuma. Quer dizer, têm alguma, quando as excitações televisivas se transformam em horas de transmissão de traseiras de autocarros, um fenómeno difícil de entender - haverá assim tantos portugueses apaixonados por retaguardas de veículos?
No geral estão errados, porque eles mesmos, embora acusando o futebol de lhes roubar o (já pequeno) destaque, têm reservadas na agenda as 20h00 de amanhã, as 17h00 de sábado e as 20h00 de dia 26. E quando têm resultados e acontecimentos importantes, como os de João Almeida na Suíça ou a final de hóquei em patins entre FC Porto e Benfica, o seu espaço continua a existir. E talvez com mais seguidores do que as traseiras de autocarros.