O estranho caso do Benfica: nem tudo está tão mau que justifique uma revolução
HÁ BOLA EM MARTE - Um artigo de opinião de Gil Nunes
Corpo do artigo
O estranho caso do Benfica: nem tudo está tão mau que justifique uma revolução. Mas tem mesmo de se fazer algo para se retirar o clube do pardo universo do razoável. O contrassenso que não o é: o FC Porto está em crise de resultados, mas só tem um caminho: fortalecer-se e subir. Já o Benfica, para onde quer que vá, terá sempre o espartilho da razão a fazer o pensamento mudar de direção.
Se o despedimento tardio de Schmidt já lá vai, a questão é outra: foram milhões gastos num contentor de jogadores que deixaram tudo na mesma. Vive-se numa dupla turbulência: uma equipa em semi-reconstrução e uma nuvem chamada eleições. O contexto favorece Rui Costa. Se a continuidade só se reflete a favor de um, optar por mudar significa dividir por muitos. Simples. E o “maestro” até pode fintar a segunda volta. Mesmo nas urnas, o futuro do Benfica cristaliza-se no semirrisonho pântano do assim-assim.