Marca golos por atacado, mas não se livra do estigma de não fazer o gosto ao pé nos jogos grandes. Sexta-feira há clássico com o FC Porto e mais um teste para o brasileiro
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Falar-se do Benfica goleador é falar-se de Jonas. Mitroglou também tem o seu espaço, como se viu no Restelo, mas o brasileiro é o grande protagonista. Em 21 jornadas, marcou 23 golos - apresenta uma média superior a um golo por jogo. Os números impressionam e colocam-no na primeira linha da elite europeia, juntinho a craques como Higuaín, do Nápoles, Aubameyang, do Dortmund, Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, Lewandowski, do Bayern Munique, Suárez, do Barcelona, entre outros.
No entanto, o avançado a quem os chineses voltam a piscar o olho tem um tremendo desafio pela frente, uma enorme pressão sobre os ombros e mesmo que a tente fintar não consegue fugir dela: marcar a um grande ou nos chamados jogos a doer. Na sexta-feira há clássico com o FC Porto, um teste duro para tentar provar que também está formatado para as grandes partidas. Para os jogos em que as marcações são mais cerradas, onde há menos espaço para pensar, onde é preciso executar mais depressa, onde há uma maior tensão. Ninguém pode tirar mérito ao goleador encarnado, mas não fazer a diferença nos jogos grandes é uma marca que o vai continuar a acompanhar ao longo da época se ele não colocar já um ponto final. Os números são cruéis para Jonas: em seis jogos, 452" em campo contra FC Porto e Sporting, nunca marcou. E, já agora, também nunca venceu estes adversários.