PLANETA DO FUTEBOL - Um artigo de opinião de Luís Freitas Lobo
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1 Um jogo em papel relvado quadriculado defensivo que dispôs as peças do xadrez boavisteiro nos locais certos para encurtar esses quadradinhos de relva e acalmar o ritmo que o Benfica procurava sempre aumentar de velocidade. Sem flanco esquerdo a atacar na largura (João Mário vai pegar no meio e Morato sente demais as limitações técnicas de lateral a atacar), o jogo encarnado dependia da criatividade de Di María na faixa direita ou das jogadas no meio de Rafa que mergulha no fundo das marcações adversárias (pelo meio, junto à área) e volta à superfície sem molhar as penas da camisola.
Não vi a estatísticas mas até admito que o número de passes certos de Florentino seja alto, mas a diferença que existe para os passes certos de João Neves é que enquanto os de Florentino são burocracia natural da transição defesa-ataque, os de Neves são de construção com visão de jogo (posse-progressão-abertura de espaços) que penetra dentro do bloco defensivo adversário.