APITADELAS - Um artigo de opinião de Jorge Coroado.
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No último quartel do século passado, a discussão em torno da arbitragem não se centrava na competência do quadro de árbitros, referia-se, essencialmente, à valia e atitude de uns quantos.
Equacionava-se circunstancialmente o porquê de determinadas nomeações, também o facto de alguns emblemas saberem por antecipação, duas ou três semanas, qual o árbitro que os dirigiria em determinado jogo.
No presente, dizer que a média global do grupo é baixa, se bem que emerjam duas ou três figuras, resulta de observação objetiva equacionando padrões de exigência que fogem ao comum dos adeptos, análise e apreensão de opiniões provindas dos mais diversos quadrantes e comentadores, com a particularidade de alguns destes, até ao momento defensores acérrimos (por ignorância, bajulice, quiçá ato de contrição) da (má) qualidade existente, começarem a render-se à evidência e a perceberem que nem mesmo a adoção das tecnologias consegue atribuir categoria a quem não tem apetência.
Outra questão curiosa, apenas e só curiosa, nada mais que isso, é observar-se o padrão subjacente às nomeações. Estranha-se, até, como os sempre dispostos a zurzirem razões pueris por esta ou aquela decisão nos jogos, ainda não dissertaram sobre o assunto. Factualmente parece existir bitola que determina que a nomeação de uma jornada, na seguinte tenha destino certo, subvertendo qualquer aposta sobre o assunto.
Mantém apoios!
Em 2003, observei um árbitro em prova da AF Lisboa. Colega daquele, que fora meu nos quadros nacionais, tentando adocicar relatório, ligou-me tecendo encómios. Resposta dada, não mais me falou! Responsável do CA da AF Lisboa, tempos após, informou anulação do relatório. Porquê? Contrariava "intensas referências" dadas por membro da CA da Liga, disse! Hoje no topo, árbitro mantém apoios!
Defenda-se
Os números divulgados comprovam-no. A vacinação anticovid-19, respeito por regras de higiene, distanciamento social e demais cuidados, contribuem sobremaneira para evitar esforço inumano aos profissionais do SNS e salvar vidas. O pouco pedido a cada um faz imenso à comunidade. Caro leitor, por favor, goze noite de S. Silvestre, mas defenda-se, defendendo os outros.