FORA DA CAIXA - A opinião de Joel Neto.
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NÃO HÁ MERCADO: Faltam contratações
Todos os dias dançam nomes, mas de negócios fechados ainda nada que se veja.
Pergunto-me se os grandes portugueses estão a deixar as aquisições para as semanas do Europeu, aproveitando o ruído em torno dos internacionais a que não podem chegar, ou se vão tornar a esperar pelo finalzinho do mercado. Neste caso, farão mal. Em regra, comprar em agosto tem resultado numa frustrante combinação entre as mais entusiásticas expectativas e os mais esmorecidos resultados. O próprio Rúben Amorim o provou: o ideal é comprar em Portugal e completar com a formação. Portanto, mesmo o Sporting começa a correr riscos com esta demora.
E, em todo o caso, mantêm-se os três em dificuldades, com passivos conjuntos de mais de 1,2 mil milhões de euros (fora o que conseguem mitigar contabilisticamente). É tempo de comprar bom, bonito e barato. Existe, mas requer agilidade.
AJOELHEM-SE, SFF: A Hungria e o racismo
A desatualização dos regulamentos da FIFA e da UEFA oferecem à seleção da Hungria, país do primeiro-ministro Viktor Orbán, o argumento perfeito para não autorizar os seus jogadores a ajoelharem-se contra o racismo durante o Europeu. Não por acaso, trata-se de uma das três seleções (com a Roménia e a Eslováquia) que ainda há ano e meio competiram à porta fechada como castigo por pactuarem com o racismo. Joga-se mais neste Campeonato da Europa do que futebol: desde logo, os esforços protecionistas das instituições do futebol, e que urge - como aconteceu nos EUA - serem formalmente liberalizados.
