A JOGAR FORA - Uma opinião de Jaime Cancella de Abreu
Corpo do artigo
1 -Seja quem for o sócio, as circunstâncias e o momento do clube, é indigno da história democrática do Benfica alguém não ter condições para se exprimir numa assembleia geral. Abandonar o pavilhão e deixá-lo a falar para uma sala vazia, ou quase, é legítimo; impedi-lo de se exprimir, jamais. Quem saiu mal da vergonhosa confusão assim gerada ontem foi o Benfica, que ocupou, pelas piores razões, todos os espaços mediáticos que se alimentam de sangue (vermelho).
2 - Férias abaixo dos mínimos indicados, pré-época curtíssima, imparável série de duros jogos oficiais desde o fim de julho, reforços que foram chegando às pinguinhas, chicotada sem tempo para o novo treinador poder meter o dedo na equipa: tudo de mau nos vem acontecendo. Porém, nada disto justifica o chocolate que o Gil Vicente - caramba, que bem jogaram! - nos deu na Luz perante 57 358 incrédulos Benfiquistas. No fim ficaram os três pontos, que era o que mais importava? Certíssimo, mas ficou também uma forte preocupação para o futuro próximo, que inclui imediatas visitas a Stamford Bridge e Dragão.