Para os russos, 21 medalhas de ouro não chegam e os selecionadores de tiro e esgrima já foram despedidos _ Em Portugal, iremos concluir estar dentro da nossa média
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No mesmo dia em que os Jogos Olímpicos definiram de vez os seus maiores heróis, com Usain Bolt na frente de todos, ao superar os 45 km/h em pista, garantir o terceiro ouro e um recorde mundial, mas sendo acompanhado na glória pela norte-americana Allyson Felix (também ela com três títulos) e pelo britânico Mo Farah (há 32 anos que ninguém fazia a dobradinha nos 5000 e 10 000 metros), começaram também a acertar-se outro tipo de contas.
A Rússia, que nisto do olimpismo não brinca, esqueceu o seu dia brilhante do atletismo e deu a conhecer os primeiros despedimentos de treinadores. Por cá ainda vamos estudar o que levou a alguns resultados aquém do desejado, para depois concluirmos que cumprimos mais uns Jogos dentro da nossa modesta média. Na pátria de Putin é diferente. As 21 medalhas de ouro só valem um quarto lugar, o pior de sempre para o colosso que em tempos discutia o domínio olímpico com os norte-americanos, e isso já custou a cabeça aos selecionadores de algumas modalidades. São formas diferentes de encarar o olimpismo e não vale a pena dizer mais nada.