Na malha grossa das redes sociais
Servem para sabermos por onde andam e o que querem os germes; não para lhes darmos ouvidos.
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Redes sociais, expressão usada recentemente pelo treinador do FC Porto, é um termo genérico que pretende designar o Facebook, o Twitter, o Instagram, o YouTube, etc., mas na verdade representa o bolo dos canais de opinião no universo da internet, caixas de comentários às notícias de jornais incluídas.
Começaram por ser um apanhado (aleatório, não representativo e estatisticamente irrelevante) dos fulanos que falam mais alto em cada tasca e evoluíram para uma arena de manipulação permanente, infestadas de perfis falsos, ratazanas de gabinetes de comunicação e batota informática insondável. Mas ainda estatisticamente irrelevante e muito fácil de conduzir, desde que se disponha dos recursos certos e de um conhecimento básico da internet. Falamos do território de César Boaventura (ou seja, de algo que até ele é capaz de usar), mas também (é preciso dizê-lo) dos promotores-sombra do caso dos emails, nem sempre honestos, nem transparentes, nem devidamente escrutinados pela Imprensa.
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Para um profissional da comunicação que tenha estado com os olhos abertos na última década, as redes sociais deviam ser um mero indicador de quem pretende manipular as massas e em que direção. É sociologia de aterro sanitário. Naturalmente, o futebol está no topo dos apetites, logo acima da Imprensa, e não tem remédio senão aprender depressa. Sobretudo a relativizar. Ou o sinónimo que quiserem aplicar.