Moura, Paulinho e o futuro do Braga na Seleção
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1 - Francisco Moura, um dos heróis do jogo vitorioso contra o Benfica, lesionou-se com alguma gravidade, lesão que o obrigará a uma paragem prolongada. É uma notícia triste, por todas as razões. Francisco Moura é, na minha opinião, uma das maiores promessas do futebol nacional. Será um indiscutível da seleção nacional dentro de três ou quatro anos. Guardem bem esta minha premonição. Tornaremos a falar, daqui a três ou quatro anos.
Moura será um indiscutível da seleção nacional dentro de três ou quatro anos. Guardem bem esta minha premonição
2 - Entretanto, na nossa família bracarense, existem algumas razões para sorrir. Paulinho não disfarçou a sua felicidade pela circunstância de ter sido chamado à Seleção e, ainda por cima, ter marcado golos na estreia e ter sido utilizado nos três compromissos da equipa nacional. Na entrevista que deu à Next, o avançado também deu conta da mesma visão profética que partilhei acima, ao vaticinar que o Braga será, nos próximos anos, um clube fornecedor de jogadores para a seleção nacional. A aposta sustentada na formação, por um lado, e, por outro, a gradual subida de qualidade da equipa principal de futebol, que, ano a pós ano, começa a ser uma habitual combatente nas várias linhas da frente (seja na principal liga portuguesa, seja na Liga Europa), dão a garantia de que o Braga será, a breve prazo, um municiador habitual de atletas de qualidade reforçada para a equipa de todos nós.
3 - Paulinho também avisou, na mesma entrevista, do perigo escondido que os jogos da Taça de Portugal, contra equipas de escalões inferiores, representam. Tais equipas agigantam-se, para se tornarem, elas próprias, "tomba-gigantes" e, por vezes, os tradicionalmente mais poderosos perdem o foco no jogo, desconcentram-se e entram em "facilitismos". Carvalhal também o sabe bem, pois, da última vez que o Braga foi eliminado por uma equipa do terceiro escalão (como é o caso do Trofense), foi na época de 2001/02, pelo Leixões, era treinado, precisamente, por...Carvalhal. E o Braga não facilitou em nada. Mas o jogo tornou-se muito difícil. Desengane-se quem pensa que as diferenças qualitativas entre as equipas da primeira liga e as do campeonato de Portugal são muito grandes. O Braga, na primeira parte, mostrou que é uma equipa de grau superior, mas, após o golo do empate, deixou que o jogo se transformasse num verdadeiro jogo de Taça de Portugal, com mais luta do que jogo, permitindo que o Trofense, com muito mérito, sonhasse em ser o David que derrota o Golias. Fica o resultado, uma vitória sofrida, mas justa. Seguimos em frente.