O Benfica saiu vivo de Alvalade, onde mora o excitante Sporting, mas a eliminatória podia ter ficado decidida. Schmidt acordou tarde, mas a tempo de estragar a aula de Amorim.
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Emocionante, polémico e a merecer reflexão, o Sporting-Benfica de ontem terá continuidade na segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal. Ou seja, não é uma história acabada. Mas é possível extrair algumas ilações interessantes. Desde logo, que Roger Schmidt considera que pode vencer o Sporting exatamente com o mesmo desenho tático com que goleou o Portimonense. O treinador alemão esteve até aos 61 minutos a sonhar com o conto de fadas de última jornada da Liga, até que percebeu que não chegava lá com os “sete anões”. Resolveu adicionar à história um “vilão” musculado, olhou para o banco onde tinha depositados vários milhões de euros em pontas-de-lança e decidiu lançar Tengstedt.
Além de ter “anulado” um golo sensacional a Di María - Nuno Santos também viu, mais tarde, um fora-de-jogo retirar-lhe do prato a sua dose de Puskas -, a simples presença do dinamarquês revolucionou o jogo do Benfica, que passou a dividir com os leões, marcando até alguma superioridade, porque passou a pressionar com outra agressividade a partir da primeira linha de saída do Sporting.