É possível ser competitivo sem jogar bonito. Se for esse o caminho, vamos lá
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Cinco equipas, duas vitórias, três empates, sete pontos para o ranking da UEFA tornaram muito interessante e proveitosa para as equipas portuguesas a quinta das rondas europeias. Sporting e Braga estão garantidos na fase seguinte e têm ao dispor mais um jogo para vencerem os respetivos grupos; o FC Porto reagiu e tem a qualificação à mercê da receção ao Feyenoord; o Benfica aspira igualmente a seguir em frente pois, apesar de despromovido, tem contas para fazer e hipóteses de engrossar o lote da Liga Europa, confirmado que está o afastamento do V. Guimarães da fase seguinte.
Contabilidade à parte, há a saudar a manifestação de força competitiva das equipas portuguesas, a capacidade reafirmada de ter o direito a caminhar no trilho dos melhores, de querer andar no primeiro escalão ou junto a ele quando se aproxima uma terceira divisão europeia. Não sei se o futebol exibido - não ontem, mas em outras alturas - tem a qualidade suficiente para se pensar num futuro animador, mas são poucas as certezas e sobram dúvidas. Por exemplo, ao cair da Champions para a Liga Europa, o FC Porto passou a constar do lote de favoritos e não se pode afirmar que ainda lá esteja nesta altura, mas a situação pode mudar, agora que a depressão uefeira parece ultrapassada. O Sporting de Bruno Fernandes assinou ontem uma manifestação de força cuja continuação poderá depender de ele ainda por cá andar quando chegar a fase a eliminar; o Braga bateu o recorde do número de jogos europeus sem perder; o Benfica, se acertar o passo também terá uma palavra a dizer, como provou durante 90 minutos na Alemanha. Afinal, se calhar, a qualidade do futebol não é assim tão importante. Fiquemo-nos por equipas competentes.