Pinto da Costa apurou muito mais a sua magistral perícia em golpe técnico do que em qualquer grosseiro golpe KO cometido fora do tapete
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A notícia que não se queria ler nem ouvir chegara num sábado à noite, dia apresentado para ser como qualquer outro até que uma assinatura final o tomou de vez. Uma notícia que corria seca nas primeiras linhas, com o peso de um súbito murro no estômago, definitiva a dizer-se esperada, como se ironicamente não contássemos com ela, como se não fosse, ela mesmo, a denúncia de um anúncio.
Punha assim termo a um conjunto de meses onde os seus mais próximos transportavam versões contraditórias sobre o estado de saúde de um herói que continuava resistente, alguém que desafiava o destino porque nunca deixara de dar luta. Mesmo na doença, mesmo na versão final do desfecho-epílogo do afastamento pelos sócios, mesmo nas disputas que nos alimentaram o fascínio pela força indomável de homem que mudou tudo na viagem, liderando um clube que tremia ao sair da cidade para uma outra “entidade”, crescida e apurada na excelência, por ele colocada no topo dos clubes mais temíveis do mundo.