Treinador do Rio Ave pôs a equipa a jogar no campo todo como se de um candidato ao título se tratasse. Só Patrício evitou o pior para o Sporting
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1 - O Rio Ave fez um jogo extraordinário em Alvalade. Jogou olhos nos olhos contra um adversário que luta por outros objetivos. Estendeu-se pelo campo todo sem receios. Assumiu o jogo como se de um candidato ao título se tratasse. Luís Castro encostou o leão à parede só que não foi capaz de traduzir esse imenso domínio em golos - no mínimo um. Mas o que mais impressionou no jogo dos vila-condenses foi a sua atitude, a mentalidade, o interesse pelo jogo puro, limpinho, e tudo isso tem um nome: Luís Castro. Ele teve a coragem de olhar para Bas Dost, Gelson e companhia como olha para Rúben Ribeiro, Krovinovic ou Gil Dias. Colocou-os no mesmo plano das principais estrelas do campeonato e a mensagem passou. A isto juntou uma estratégia ofensiva, sem medo, a que só Rui Patrício, o homem dos 400 jogos, pôs cobro com três ou quatro intervenções durante a primeira parte de grande nível. O Rio Ave merecia mais, muito mais, como provam o número de remates à baliza de Patrício (7 contra 4) ou até mesmo a necessidade que os jogadores do Sporting tiveram de fazer faltas para travar as muitas iniciativas do adversário - os leões fizeram 25 faltas e sofreram 17. O Rio Ave não pontuou, é verdade, mas a jogar assim irá de certeza cumprir os seus objetivos a tempo e horas sem necessitar de andar com a calculadora atrás. Uma lição do mestre Castro.
O Rio Ave merecia mais, muito mais, como provam o número de remates à baliza de Rui Patrício (7 contra 4) ou as faltas que os leões fizeram: 25 contra 17
2 - O campeonato ainda não atingiu a sua fase mais crítica, mas os clubes e os seus agentes vão-se posicionando. Desta vez, foi o Benfica a levantar a voz. Primeiro, solicitando ao CA uma reunião urgente e, ontem, através do treinador na conferência de Imprensa de antevisão do jogo com o Braga. Rui Vitória diz que "isto não está fácil" e que não quer que "brinquem" com o seu trabalho e com o dos seus jogadores. Há uma nova postura do Benfica em relação à arbitragem? Não. O que há (ou havia, depende do jogo desta noite com o Braga) é o risco de perda da liderança e, por isso, fez soar o alarme, gritando como já o tinham feito em estilos diferentes FC Porto e Sporting. Nada de novo nesse plano. Mas há sempre uma solução: marcar mais um golo do que o adversário.
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