PRESSÃO ALTA - Um artigo de opinião de Nuno Vieira
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Não há volta a dar: investidores com forte capacidade financeira preparam-se para adquirir parcelas maioritárias de sociedades desportivas, várias delas impotentes para resistir à pressão de gestões danosas durante anos, com muitos proveitos pessoais e escassa vantagem institucional, o que levou a situações de descrédito absoluto e até falência de históricos. O caso mais recente diz respeito ao Leixões, um bebé que se tornou senhor no desporto português e cuja SAD está prestes a ser adquirida pelo Flamengo.
O comprador dispensa apresentações. É um gigante do Brasil e, apregoa-se, o clube com maior número de adeptos do mundo, arrastando uma paixão à medida do amor leixonense pelo emblema da Cruz de Pau e pelo seu mítico Estádio do Mar, construído com o suor dos matosinhenses e com o dinheiro dos donativos dos pescadores. Um monumento da cidade que tem tido melhoramentos mas que precisa e merece uma transformação capaz de se adaptar à modernidade, onde em tempos não muito distantes cabiam 10 mil pessoas em plena II Divisão B.