HÁ BOLA EM MARTE - Um artigo de opinião de Gil Nunes.
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No FC Porto, a coesão da equipa vai manter-se, até porque construção sólida não se deixa abater pela saída de dois ou três jogadores.
No caso dos dragões, a questão parece ser outra: criatividade. O ponto que une Vitinha, Fábio Vieira e Francisco Conceição.
O tal elemento colorido e fora da caixa que, frente a equipas de bloco mais baixo, pode garantir mais meia dúzia de pontos nas contas finais. Mas sem dramatismos internos: porque há um Otávio versátil, um consistente Matheus e um Eustáquio prestes a render o dobro. E as equipas não se definem a pensar no imediato: com tempo, com muito banco de suplentes, adaptar a velocidade e técnica de Verón às necessidades coletivas. Como Sérgio Conceição tanto aprecia.
E sem dramatismos externos. O mediatismo em torno da saída de Francisco para o Ajax faz lembrar aquela adivinha da escola primária: qual destes cinco alimentos não é um fruto? Ou qual dos cinco filhos de Sérgio Conceição não é adulto? Foi Francisco, uma maçã madura. A partir daí nada mais há a dizer senão respeitar a vontade de alguém que pensa e decide pela sua cabeça.