Justiça poética: o guarda-redes como réu
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Sai um cavalheiro, mas ficam outros
O Rio Ave não tinha outra coisa a fazer senão o que fez: despedir Miguel Cardoso. Porque o colapso em Arouca não foi um acontecimento isolado. O modo como a equipa acabou por cair no "play-off" de manutenção já indiciava eloquente permissividade. O Rio Ave está há treze anos seguidos na Primeira Liga e disputava cada vez mais claramente ao Marítimo o papel de sexto clube nacional. A queda foi abrupta e inexorável. Agora, é pena que o cavalheirismo de Cardoso possa ser confundido com esse desleixo. É um dos treinadores - salvo lapsos - que mais têm contribuído para a elevação do discurso da Liga. E, antes que consideremos isto um triunfo da boçalidade sobre a elegância, vale a pena lembrar: outros dos cavalheiros foi o campeão.
Nota de rodapé: vêm aí os galáticos
Às vezes as notícias estão no rodapé, não nas gordas. Portanto, se duvidava da continuidade de Jesus, aí está a confirmação: o Benfica vai contrair novo empréstimo para comprar jogadores. Jesus fica, pois. Falta confirmar se Cavani joga sozinho no ataque ou faz dupla com Diego Costa.
Justiça poética: o guarda-redes como réu
O Manchester United-Villareal redundou num facto raro: a diabolização de um guarda-redes ao fim de um jogo desempatado nos penáltis. De Gea não defendeu nenhum, ignorou as ordens num que podia ter defendido e ainda falhou o que tentou marcar. Acabou vilão num dia em que só podia ser herói.
