Se dependesse só da comunhão entre equipa e bancadas e da vontade de ambos, pouco ou nada preocuparia ao Sporting a saída de Amorim. Mas que foi uma mensagem, isso foi.
Corpo do artigo
No final do nono triunfo do Sporting nesta época em que marcou três ou mais golos (terceira vez que fez cinco ou mais), o décimo consecutivo numa I Liga em que só sabe ganhar, impressionou a demonstração de união entre jogadores e adeptos, quando aqueles se dirigiram às bancadas para agradecer o apoio. Uma faixa em que se lia “Nós e vocês, focados no Marquês!!”, óbvia alusão ao objetivo do bicampeonato, ajudou a intensificar o dramatismo dos breves mas intensos momentos e a sublinhar que, mesmo sem Amorim, não há razões para mudar uma vírgula nas aspirações leoninas. O treinador já lá não estava - diria depois que fez como habitualmente no fim dos jogos - e nem era suposto porque se tratava de um cenário de comunhão entre ídolos e fiéis devotos.
Rebobinando o filme até ao apito inicial, dir-se-ia ter sido uma clara manifestação do célebre “só fazem falta os que cá estão”. Se a isso juntarmos a exibição, os cinco golos marcados incluindo o primeiro póquer de Gyokeres pelos leões, percebe-se que João Pereira - a confirmar-se como sucessor de Amorim - vai sentar-se no lugar de maquinista de um comboio de alta velocidade que está a carburar em pleno e não dá sinais de abrandar - pelo contrário!