APITADELAS - Um artigo de opinião de Jorge Coroado.
Corpo do artigo
Após apito final da Taça da Liga porque os olhos se fecharam, o corpo fatigado afundou-se no sofá, e o coração pesado de mágoa pela triste arbitragem presenciada se assolapou, fez que lamentasse ter remetido, antes do jogo, texto publicado no dia seguinte.
Dizia o texto que à instituição do profissionalismo na arbitragem não correspondera acréscimo de qualidade do quadro.
A prestação do Sr. João Pinheiro, acolitado pelo não menos incompetente VAR, Sr. Tiago Martins, encarregou-se de confirmar. De facto, a exibição daquele colegiado, não sendo regra, também não foi propriamente exceção. Não é em vão ser o filiado em questão tido como grande (pela altura), mas não grande coisa como árbitro! A demonstrada falta de autoridade, personalidade, determinação, afirmação e coragem, coadjuvada pela inoperância e igual incompetência do VAR, foi atroz.
Foi, queiram ou não os senhores do "establishment", exemplificação pura e dura de falta de classe! Se Wendell e Tanlongo, pelas condutas violentas protagonizadas e Otávio pela persistência faltosa, justificavam cartão vermelho e amarelo, respetivamente, que dizer de Matheus Reis ter encostado o penteado nas ventas do oficial de jogo, sem que este agisse adequada e energicamente? Pois, quem tem c... tem medo! Mas, quem tem medo compra um cão, não vai para árbitro! O descalabro começou no início do jogo quando Paulinho (SCP), reclamando pontapé de canto, agitando o indicador nas narículas do árbitro, perseguiu este desde área de penálti do FCP até próximo do meio-campo. Se personalizado e "determinado, cartão amarelo teria sido exibido de imediato e, porventura, feito sentir aos demais quão importante seria manterem respeito.
Fraco
Quatro dias volvidos, na Pérola do Atlântico, outra preciosidade da arbitragem, de nome Fábio Veríssimo, voltou a fazer das suas protagonizando decisões disciplinares por excesso, também por omissão, evidenciando não ter perceção nem sensibilidade do jogo. A triste figura que fez, correr meio-campo em largura, de braço esticado e cartão na mão, na direção ao banco do FCP para expulsar treinadores, adjunto e principal, foi revelador de intranquilidade, insegurança, sinónimo de alguém receoso, consciente das suas fragilidades. Não necessitando, por isso, lhe digam ser fraco.
Pressões
Justificar erros dos atuais árbitros de primeiro nível com pressões diretas ou indiretas promovidas por gente irresponsável é falacioso. Sempre houve condutas do género. Hoje são mais visíveis devido às redes sociais. Lá atrás, quem soube ou fez parangonas por esperas e ameaças, efetuadas com faca e pistola, ao árbitro que, por ter expulsado um jogador, deu azo à realização de jogo fantasma que ajudou cofres depauperados de um dos emblemas (Benfica)? Quem verberou relator que, no início do inquérito em processo disciplinar a esse árbitro, disse abertamente: "Não gosto de si como árbitro"?