Nesta altura, chamar o jogador do Chelsea à Seleção e oferecer-lhe uma mão-cheia de minutos apenas serve para expô-lo à crítica num momento de fragilidade
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Há pouco mais de um ano, em setembro de 2023, Roberto Martínez justificou a chamada de João Félix à Seleção Nacional, numa altura em que o avançado ainda não tinha encontrado clube para representar, com a necessidade de apoiar o jogador. João Félix é, indiscutivelmente, um dos grandes talentos da atual geração e apoiá-lo num momento complicado, protegendo esse talento para poder capitalizá-lo mais adiante, faz algum sentido. Mas há um ponto em que esse apoio, consubstanciado nas sucessivas chamadas à Seleção, se transforma no oposto.
A convocatória de João Félix para a dupla jornada frente à Polónia e a Escócia, a meia dúzia de minutos que jogou e a forma como foi ultrapassado nas opções do próprio selecionador por jogadores como Neto, Trincão ou Francisco Conceição apenas serviu para expor o momento complicado que volta a atravessar neste início de temporada. Desde logo no Chelsea, onde ainda não conseguiu encontrar espaço entre as primeiras opções de Enzo Maresca.