Num ano que até teve mais um dia e que foi recheado de acontecimentos e protagonistas na área do desporto, nenhum foi maior do que Iúri Leitão, o Prémio Carlos Machado de 2024
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A escolha da Personalidade do Ano de O JOGO é muitas vezes um desafio. Cabem muitos momentos marcantes em 366 dias e 2024 foi um ano cheio. O Sporting conquistou o segundo título da era Rúben Amorim e, tal como Frederico Varandas referiu, foi vítima do próprio sucesso, perdendo o treinador e, com ele, o ritmo que o tinha tornado no principal candidato ao troféu de campeão. O sueco Gyokeres aterrou no futebol português como um cometa, destroçando defesas como uma bola de bowling derruba pinos em strikes sucessivos. André Villas-Boas venceu as eleições para a presidência do FC Porto por uma diferença esmagadora, encerrando o ciclo de 42 anos de liderança de Pinto da Costa no clube e dando início a uma série de reformas necessárias para a recuperação económica e desportiva dos dragões. Qualquer um deles teria sido uma boa escolha para Personalidade do Ano, mas não seria a melhor porque este foi o ano de Iúri Leitão.
Ouro e prata no ciclismo de pista, foi o primeiro português a conseguir duas medalhas na mesma edição de uns Jogos Olímpicos e também o único sagrar-se campeão olímpico fora do Atletismo. Juntou-lhe um título europeu de scratch e ainda venceu três etapas de estrada. Mas foi nos Jogos que mostrou a dimensão do atleta que é: na prova de omnium, esperou pelo rival francês que tinha sofrido uma queda. Perdeu o ouro, mas ganhou o Prémio de Ética Desportiva do Comité Olímpico, porque vencer não é a única coisa. Iúri Leitão é a Personalidade do Ano para O JOGO e foi, para nós, um orgulho entregar-lhe o Prémio Carlos Machado com a certeza de que o Carlos aprovaria a escolha.