Os jogadores da Argentina dedicaram um cântico racista e xenófobo aos companheiros de profissão da França, esquecendo que são eles próprios, na grande maioria, imigrantes na Europa
Corpo do artigo
1 O cântico racista e xenófobo que os jogadores da Argentina dedicaram aos companheiros de profissão da França é uma vergonha inqualificável que não se pode varrer para baixo do tapete e justificar com os eventuais excessos cometidos num momento de euforia. Como disse o presidente da Federação Francesa de Futebol, que, para além de ter denunciado o caso à FIFA, apresentou uma queixa na justiça por injúrias de caráter racial e discriminatório, trata-se de um comportamento “chocante, contrário aos valores do desporto e dos direitos humanos”. Que tenha sido cometido por jogadores que, na grande maioria, são eles próprios imigrantes na Europa, aonde também chegaram à procura de melhores condições de vida, muitos deles agarrados a estatutos de dupla nacionalidade, só torna todo este episódio ainda mais repugnante e impossível de ignorar.
2 Claro que é muito cedo para tirar conclusões definitivas e há mais de um mês de portas abertas no mercado para abalar certezas em relação aos plantéis que vão enfrentar o resto da temporada, mas os primeiros jogos de preparação do FC Porto parecem indicar que os “proscritos” da última época podem muito bem ser os primeiros reforços da próxima. Fran Navarro, Iván Jaime, Toni Martínez, André Franco e David Carmo estão de volta, são opções para Vítor Bruno e têm respondido à altura da confiança transmitida pelo treinador. Lá está, é cedo para tirar conclusões definitivas, mas não seria a primeira vez que os “proscritos” de ontem se transformavam na solução de amanhã.