APITADELAS - Uma opinião de Jorge Coroado
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É sabida a fraca apetência do povo português para cumprir obrigações, respeitar normas e diretrizes, rigor e consideração por horários. Não é em vão que enfileiramos na cauda da Europa no que tange a produtividade. Há, porém, princípios que emergem da exigência (falta no caso em apreço) implementada pelos dirigentes, desportivos ou de outra atividade; da capacidade que têm em exercer e impor igualdade de trato entre dirigidos, cuidar todos do mesmo modo, não concederem procedimentos privilegiados a mais reconhecidos e não tanto aos outros; terem aptidão para imporem rigor e autoridade independentemente do nome do prevaricador. Mais que em qualquer outra atividade, na arbitragem, a obediência rigorosa e escrupulosa das normas regulamentares afirma-se basilar, primeiro no respeito mostrado pela atividade, depois no reconhecimento obtido de todos os demais elementos que rodeiam o setor, pares incluídos. Se as regras ditam que a equipa de arbitragem deve chegar ao recinto de jogo duas horas antes da prevista para início do encontro, há que cumprir, não chegar noventa minutos ou menos. Ora, aqueles que desempenham funções de VAR, devem, igualmente, respeitar antecedência mínima não inferior a hora e meia. Tanto assim que o necessário teste de comunicações entre sala VAR e equipa de arbitragem ocorre (deve ocorrer) quando é efetuada vistoria do relvado (+ ou - 60’). Porque o VAR e o AVAR integram equipas de arbitragem, seria da mais elementar demonstração de rigor e respeito pelas competições que aqueles elementos beneficiassem e tivessem de respeitar prerrogativas impostas aos colegas no terreno quando a distância tal impõe, i.e., pernoitar de véspera próximo da sala VAR.
Exemplo?