Sérgio Conceição desvinculou-se do FC Porto, abrindo caminho para a entrada de Vítor Bruno, mas todo o processo teve custos que não se medem em euros, nem são provas de amor ao clube
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Custou, mas foi: Sérgio Conceição desvinculou-se do FC Porto. Resta saber exatamente o que custou o prolongamento de todo este processo com o ruído que o acompanhou ao longo da última semana. Não custou uma indemnização, mas custou tempo. Enquanto Sporting e Benfica fazem caminho no mercado de transferências, com os respetivos comandos técnicos definidos, o FC Porto acabou de ficar sem treinador e precisa urgentemente de encerrar esse dossiê para poder avançar com a preparação da temporada.
A saída de Sérgio Conceição deixa a via aberta para a entrada de Vítor Bruno, mas também aqui este processo teve custos. Há uma ou duas semanas, Vítor Bruno teria sido um nome consensual entre os adeptos portistas, habituados a vê-lo como a extensão mais ponderada e menos explosiva de Sérgio Conceição. Considerando a opção dos rivais pela continuidade das equipas técnicas, Vítor Bruno diminuía a desvantagem de um começo a partir do zero, ele que conhece o plantel do FC Porto como a palma das mãos e o futebol português de trás para a frente. As acusações de que foi alvo, por parte de outros elementos da equipa técnica e, sobretudo, por parte de elementos da família Conceição roubaram-lhe essa unanimidade junto dos adeptos mais emocionalmente ligados ao anterior treinador e colocam-lhe desafios dentro do plantel, desde logo - e não há como ignorá-lo - no relacionamento com Francisco Conceição.