V. Guimarães-Benfica: um lance de penálti que elucida sobre alguns experts
APITADELAS - A crónica semanal de Jorge Coroado
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Chover no molhado.
A honestidade não se compra, é, em parte, o resultado da educação que os pais transmitem
Apesar de se compreender e identificar o significado e o literal sentido de grande parte das opiniões deduzidas sobre a falta MERECEDORA de pontapé de penálti, em Guimarães cometida por Rúben Dias sobre Davidson, a expressão idiomática, que encima esta prosa, de sentido cultural, usualmente considerada figurativa, qual gíria inserida em contexto popular, aplicada para identificação daqueles que teimam em fazer algo errado ou proferirem afirmações sobre o que é de fácil constatação, forma conjunto de duas palavras caracterizadoras daquilo a que se pode chamar de "idiotismo".
O que alguns ditos "experts" em matéria de arbitragem opinaram sobre o lance foi elucidativo quanto ao esforço feito para criar, ou recriar propósito de justificar o injustificável, coisa que está para lá do poder de compreensão do simples adepto, incapaz de se colocar nas suas mentes nem nos seus corações, sobretudo dado o notório "sacrifício" que aqueles fizeram no sentido de encontrar uma identidade tipo: "quem somos nós, onde nos enquadramos, para onde vamos?".
Um bom católico sabe que a terra e o Senhor providenciaram o pão nosso de cada dia, e não a Bolsa de Valores, porém, todos bem sabemos nunca ninguém ter dito que, apesar de gratuita, a verdade nos faria feliz€$. Há tipos honestos apenas por medo, embora namorisquem a desonestidade para saberem qual a sensação de ter "balls" no sítio.
Honestidade vs. larápios
A honestidade não se compra, é, em parte, o resultado da educação que os pais transmitem. Durante o meu crescimento os ensinamentos que me foram sendo transmitidos tinham menos que ver com os males que afligiam o mundo do que com a maneira correta como todos nós nos devemos comportar para com os outros. Há milhões de cidadãos a perfilhar mesmo princípio, outros, são larápios!
Dinheiro neutro
Já ninguém se interessa por nada. As regras foram varridas para o lixo. O dinheiro é neutro e a forma como muitos entram na posse dele, também. Desde há muito que, na arbitragem e em redor desta, se vive fase de transição entre a ordem e o caos. Os interesses contidos, mas não escondidos, não facilitam análises introspetivas, tão pouco permitem paragens para reflexão.