Um jogador tem direito de manifestar desacordo com o treinador, mas nunca como ontem fez Kokçu. O médio desrespeitou Bruno Lage, os companheiros e até os adeptos. Resta saber as consequências de tão feio episódio.
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O Benfica cumpriu o plano de goleada traçado para este jogo frente aos amadores do Auckland City e esmagou os neozelandeses com números que não deixam margem para dúvidas e que só não foram mais volumosos porque o estudante que ocupou a baliza contrária quis mostrar-se ao Mundo e fez um punhado de grandes intervenções. Não fossem esses momentos de inspiração e os encarnados também teriam chegado aos dois dígitos, como fez o Bayern, mas ficam os três pontos do lado da equipa portuguesa e o apuramento para os oitavos de final à vista, apesar de faltar o mais duro teste, frente aos alemães.
Um resultado destes tem tudo para se transformar numa bela história de futebol, com destaques individuais, golos e jogadas vistosas, mas o que mais se comentava no final do jogo era o inqualificável gesto de Kokçu. Com 2-0 no marcador, o médio turco não gostou de saber que iria ser substituído, saiu furioso do relvado e protestou de forma veemente com Bruno Lage, mesmo quando já estava no banco. Por coincidência, dois minutos depois o jogador que entrou no seu lugar, Renato Sanches, apontava o terceiro golo e abria caminho definitivo para a expressiva vitória, o que desde logo mereceu uma reação – igualmente reprovável – do treinador em direção ao jogador.
Kokçu teve até de ser agarrado por Akturkoglu para não tornar a situação ainda mais grave, isto depois de ter trocado bocas também com benfiquistas que estavam ali sentados. A falta de respeito pelo treinador, pelos companheiros e pelos adeptos é o pior dos princípios de um futebolista e não deve passar impune a quem manda no clube. Doa a quem doer.