VELUDO AZUL - Opinião de Miguel Guedes
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Ainda lançados na constelação da leitura das adivinhas, alguns ousarão adiantar e prever o meio-campo de hoje frente ao Braga com Varela, Nico (ou Eustáquio) e Pepê. A mudança de sistema tático no jogo com o Estoril, finalmente a ceder ao fogo azul e branco depois de duas derrotas amargas do “dragão” para a Liga e Taça da Liga nesta época, iluminou a equipa para um 4-2-3-1 que, não deslumbrando, deu competência e solidez ao jogo coletivo, encontrou Evanilson numa noite mais do que sim e dois alas que rompem pelas laterais e apoiam em processo defensivo. Não há coletivo sem grau de acerto individual mas, mesmo subtraindo o brilho do brasileiro em “hat-trick”, sentiu-se como o duplo pivô defensivo acrescentou descanso a uma equipa que desconfiava de si e que, agora sem Taremi, resolveu mudar de vida. Algo teria que ser feito face aos maus resultados e exibições pelo que Sérgio Conceição foi explorar uma nova receita ao livro das táticas.
O teste de hoje frente ao Braga não se compadece com hesitações, fleuma ou nevoeiro de inverno. Os motores e rotações da equipa têm que acelerar e disparar para uma segunda volta que ultrapasse, de uma vez por todas, as incertezas que nunca foram até aqui desfeitas. Depois das derrotas em Alvalade e na Luz, após a derrota iniciática frente ao Benfica na Supertaça, à quarta tem que ser de vez: ganhar hoje o primeiro “clássico” frente aos arsenalistas de Braga é prova de vida e de continuidade na luta pelo título. Com o Sporting a oito pontos de distância, à condição de mais um jogo, permitir que se dobre a primeira volta da Liga com essa ou semelhante desvantagem será uma distância praticamente impossível de suplantar tendo em conta a concorrência a quatro para o título nacional. Ganhar ou ganhar, eis a opção.