A Seleção Nacional passou por apuros, mas venceu na Hungria, num dia marcado pelo que de pior a vida nos pode dar: a partida de uma criança de apenas 7 anos enquanto simplesmente jogava à bola.
Corpo do artigo
Um golo de Bernardo Silva, um penálti apontado com o sucesso do costume por Cristiano Ronaldo e um remate pleno de convicção e colocadíssimo de João Cancelo permitiram à Seleção Nacional sair desta ronda dupla de qualificação para o Mundial’2026 com um registo 100 por cento vitorioso. Se a partida da Arménia era, teoricamente, acessível, o desafio de ontem, em Budapeste, encerrava um grau de dificuldade maior. Ainda assim, Portugal soube ser competente e na hora certa desferiu o golpe decisivo nos magiares, obra de um lateral-direito que foi todo-o-terreno, que no final se queixou de não lhe darem tanta importância por jogar na Arábia Saudita. Não é verdade e a manchete desta edição é a prova disso mesmo, porque parece unânime que é, de momento, um dos intocáveis da turma das Quinas.
A felicidade dos portugueses por esta vitória importante colidiu, com todo o estrondo e no mesmo horário, com outra notícia do futebol português. No caso, uma tragédia. É impossível imaginar a dor de pais que levam o filho a fazer o que mais gosta, jogar futebol, e deparam-se ou, principalmente, são atingidos com o que ontem aconteceu no Bessa. A morte de uma criança é do pior que a vida nos pode dar, as circunstâncias agravam o cenário de horror partilhado por colegas, encarregados de educação, treinadores e todo o staff envolvido num quadro de treino de futebol de formação, onde por norma se respira um ambiente saudável, de convivência e de alegria contagiante de ver as crianças divertirem-se. A dor não é mensurável e justifica um sentido voto de condolências de toda a equipa de O JOGO.