Opinião de Gil Nunes
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Froholdt. Nascido e criado na ribeira de Copenhaga. Ou algo do género. Certo é que os craques dispensam o período de adaptação: chegam e impõem-se. No caso do dinamarquês, chuta-se para canto o facto de ter apenas 19 anos. A forma como assimilou as necessidades da equipa – sobretudo defensivas – colocam-no no topo das melhores contratações da época. Vinte milhões foram uma pechincha.
A boa notícia reside a montante: o recrutamento do dragão está a trabalhar bem. Duas razões: pode descobrir-se talento em Copenhaga mas há que estar convicto que o mesmo não esfria mal aterra no aeroporto. Detalhes emocionais contam. Ou então a certeza de que, no dia em que Froholdt voar, outro coelho sairá da cartola.
Se a lesão de Samu veio na altura errada –mais associativo/mérito de Anselmi – o FC Porto desta época ainda treme nos alicerces (Gil Vicente provou) mas já pode sonhar. O dragão voltou.
O novo Alan Varela
Visível nos pequenos gestos: até na forma como assertivamente agora levanta a cabeça se nota que está muito mais confiante. É certo que ter Froholdt e Veiga de perto é um tremendo balão de oxigénio mas a presente temporada marca o ano 2.0 de Varela: sem medo de ter bola, de rematar, de assistir. Ou mesmo de falhar.