É preciso tomar uma decisão e nenhuma das opções é boa. Despedir João Pereira obriga a assumir a sua escolha como um falhanço da Direção. Mantê-lo pode colocar todo o “projeto” em causa.
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Não é fácil ser Frederico Varandas por estes dias. O presidente do Sporting precisa de tomar uma decisão sobre João Pereira e não há nenhuma boa opção. Despedir o treinador após pouco mais de um mês será inevitavelmente lido como um falhanço da atual Direção, um enorme erro de avaliação em relação à capacidade do técnico para dar continuidade ao trabalho de Rúben Amorim e um desperdício dos quatro anos durante os quais, alegadamente, esteve a ser preparado para o cargo. Acresce que despedir João Pereira implica contratar outro treinador e, nesta altura, as boas opções não são acessíveis e as acessíveis não são boas opções e não há nenhuma garantia de que até as boas consigam resgatar a equipa do enorme buraco anímico onde se enfiou.
Manter João Pereira, por outro lado, também não é uma boa opção. Porque o treinador já esgotou a margem de tolerância que tinha junto dos adeptos e até o crédito que podia ter entre os jogadores. Ganhar ao Boavista pode adiar o problema, mas não o vai resolver porque não há uma segunda oportunidade para causar uma boa primeira impressão e a margem de erro já não existe.