HÁ BOLA EM MARTE - Opinião de Gil Nunes
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No FC Porto de Conceição são compras, vendas e prémios europeus que resultam em lucro. Mas a melhor leitura é aquela que abomina o cálculo. Entra o fator do risco: é mais arriscado contratar um jogador ao Estoril (André Franco) ou ao Rio Ave (Taremi) porque, muito embora o jogador seja profissional e comprometido, no FC Porto tem de ganhar sempre e a toda a hora. E a mudança de chip individual (introdução de “ADN equipa grande”) leva tempo = custa dinheiro e o produto final não se adquire em meia dúzia de jornadas. Também custa dinheiro. E pode não resultar.
Nessa lógica seria mais simples contratar-se um jogador já feito. Que, em condições normais, é mais caro. Mas os jogadores são humanos: nunca se sabe como vão ou não adaptar-se à nova realidade. Conceição no FC Porto dispensa números. A verdadeira criação do verbo “omeletar” em contexto de difícil recolha de ovos.